O que acontece quando você escolhe carregar o lixo dos outros?

Quando você escolhe carregar o lixo dos outros, deixa de carregar tudo que poderia ser seu: dinheiro, sucesso, saúde, amor, felicidade, paz, realizações... . Olha, isso que você faz não é pra qualquer um não. Poucas pessoas suportam carregar os problemas da família toda assim, com tanta firmeza como você. No fim do dia, imagino que se sinta exausto, né? Afinal, levou todo o lixo dos outros pra dentro da sua casa e pior, pra dentro de você. . Você já se perguntou por que faz isso? Talvez você me responda que as pessoas que convivem contigo são frágeis demais e você sente que elas não dão conta do próprio lixo, mas você dá! Você imagina que está aliviando o peso delas levando pra você, né? O problema é que isso que você acha que faz não tem o efeito que você gostaria. Você não diminuiu a dor delas, apenas multiplicou trazendo pra si. Quando resolve sofrer junto, elas não deixam de sofrer, só ganham a sua companhia. Você não aliviou nada, só foi solidário. Agora são duas pessoas adoecidas. Enquanto você é burro de carga, a sua força é investida em carregar doença. Você usa o que tem de melhor para fazer pelos outros. Você não aprendeu a fazer por si mesmo. Por que? Quem te ensinou que é feio se colocar em primeiro lugar? No fundo, acredito que você saiba que se parar de fazer tanto pelos outros, não mude muita coisa. Ninguém vai romper relações contigo. O problema é que se deixar de fazer por eles, terá que fazer por si. E isso você não aprendeu. Você é expert em fazer o que te mandam. Se não tiver carregando o lixo alheio, estará de mãos livres e limpas para botar a mão na massa da própria vida. Terá que crescer. E isso pode ser muito assustador. Terá que usar a sua força a SEU favor! Você achou que ser forte era suportar, sofrer, aguentar pelos outros! Não! Você precisa ser forte para conseguir devolver para as pessoas o que é delas e construir a própria história! Esse sim é o grande desafio da vida. Querer crescer, prosperar, ser responsável por si! E, assim, estará, sem saber, fazendo um bem àqueles que ama. Texto de Jhanda Siqueira

Psicóloga Gestalt-Terapeuta

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